Decorreu ontem, 1 de junho, no Centro de Congressos de Lisboa, a sessão de apresentação das Bases para a Qualificação do Sistema de Acolhimento de Crianças e Jovens. O evento contou com a presença da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, da Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, da Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, da Secretária de Estado da Igualdade e das Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, da presidente do ISS, Ana Vasques, e da vice-presidente, Catarina Marcelino.
“Estamos aqui a cumprir algo que parecia impossível. Enquanto sociedade temos de conseguir dar uma resposta diferente a estas crianças e jovens, de ter um sistema melhor, com mais meios e recursos", afirmou Ana Mendes Godinho, acrescentando que esta nova visão sobre o sistema de acolhimento de crianças e jovens assenta em cinco dimensões: “o reforço do investimento nos CAFAP, a promoção do acolhimento familiar, a qualificação do acolhimento residencial, a promoção das respostas de autonomização para os jovens e a participação ativa das crianças e jovens acolhidos nesta nova visão sobre o sistema".
Até 2030, pretende-se implementar uma mudança substancial no sistema de acolhimento de crianças e jovens. A meta é passar das 6120 crianças/jovens em acolhimento residencial em 2022 para apenas 1200 em 2030, garantindo assim uma taxa de desinstitucionalização de 80%.
Para iniciar o cumprimento desta estratégia, na sessão foram entregues acordos de cooperação para apartamentos de autonomização a 30 instituições, que vão permitir duplicar o número de vagas desta resposta social no território continental. Os apartamentos de autonomização visam apoiar a transição de jovens com 15 ou mais anos para a vida adulta, através do desenvolvimento das suas competências pessoais e sociais.